quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Água não é um direito básico humano e tem que ser privatizada'' Afirma presidente da Nestlê

A privatização da água: Nestlé nega que a água seja um direito humano fundamental.
A maior empresa produtora de alimentos industrializados do mundo, na figura de seu chairman, declara e acredita que a resposta para as questões globais da escassez da água no planeta é a privatização da mesma. 
O chefe da Nestlé, o chairman Peter Brabeck-Letmathe, acredita que “o acesso à água não é um direito público.” Também não é um direito humano. Então, se a privatização é a resposta, é nesta empresa em quem o público deve colocar a sua confiança?
O atual Chairman e ex-CEO da Nestlé, Peter Brabeck-Letmathe, que é a maior produtora de alimentos industrializados do mundo, acredita que a resposta para as questões globais da água é a privatização da mesma. Esta afirmação está no registro da empresa maravilha que vendia “junk food”* na Amazônia e que tem investido dinheiro para impedir a rotulagem de algum de seus produtos que são produzidos com Organismos Geneticamente Modificados-OGM, tem ainda um preocupante registo no que diz respeito a ética e saúde da sua fórmula de leite infantil industrializado, e implantou um ciber-exército de forma a monitorizar a crítica à empresa na internet e as discussões nas redes sociais.
{n.T. Marketing antiético de leite artificial: Desde 1977 (com uma quebra entre 1984-1988), a Nestlé tem sido alvo de um boicote internacional por suas estratégias de marketing duvidosas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 1,5 milhão de crianças morrem a cada ano por causa da alimentação inadequada, porque as crianças que são mais vulneráveis à doenças estão sendo alimentados com mamadeira em substituição ao leite materno, em vez de receberem leite materno sempre que for possível [Nota de rodapé: www.babymilkaction.org ]. Como a maior empresa produtora de leite industrializado e artificial para bebês do mundo, controlando 40% do mercado, a Nestlé tem sido vista como uma das principais causas desta catástrofe, embora outras empresas, como a empresa holandesa, Dumico e a empresa dos EUA, Mead Johnson também estão implicadas.Fonte: http://www.corporatewatch.org.uk/?lid=240}
Esta é, aparentemente, a empresa em quem deveríamos confiar para gerir a nossa água, apesar do registo de grandes empresas de engarrafamento como a Nestlé terem um histórico de criação de escassez:

eles comandam toda a produção de alimentos e bebidas industrializadas do mundo
Às grandes empresas multinacionais de bebidas são normalmente dados privilégios como acesso a águas subterrâneas (e até isenções fiscais), porque elas criam postos de trabalho, o que é aparentemente mais importante para os governos locais (principalmente em países de terceiro mundo) do que o direito à água para os seus cidadãos pagadores de impostos.

Essas empresas, como a Coca-Cola e a Nestlé (que engarrafa água subterrânea suburbana de Michigan e chama-lhe Poland Spring) sugam milhões de litros de água por dia, deixando as populações a sofrer com a escassez da água. (Fonte)
Mas o Chairman, Peter Brabeck-Letmathe, acredita que “o acesso à água não é um direito público.” Também não é um direito humano. Então, se a privatização é a resposta, é nesta empresa em quem o público deve colocar a sua confiança?
Apenas como exemplo, entre muitos, do interesse desta empresa para com as populações até o momento:
Na pequena comunidade paquistanesa de Bhati Dilwan, um antigo governante da vila diz que as crianças estão a adoecer devido à água contaminada. Quem é o culpado? Ele diz que é garrafa de água da Nestlé, pois esta cavou um poço profundo que está a privar os moradores de água potável. “A água não é apenas muito suja, mas o nível de água caiu de 100 pés para 300 a 400 pés”, diz Dilwan. (Fonte)

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