segunda-feira, 18 de julho de 2016

PMDB tenta e Bittar topa ser vice de Sinhasique se tiver o aval de Rocha

A última carta da manga

A oposição tira nesta próxima terça-feira a sua última carta da manga para colocar todos os grandes partidos num mesmo palanque, na disputa da prefeitura de Rio Branco. Conseguir formar a chapa Eliane Sinhasique (PMDB) para prefeita e Márcio Bittar (PSDB) como o seu vice será a tentativa. O senador Sérgio Petecão (PSD) conseguiu convencer o ex-deputado federal Márcio Bittar (PSDB) a aceitar colocar o seu nome na discussão. Márcio condicionou a que a conversa se iniciasse com o deputado federal Major Rocha (PSDB), que é o presidente do partido. Uma conversa inicial foi feita. No pacote viriam ainda Tião Bocalon (DEM) e o deputado federal Alan Rick (PRB). Além de formar um grande bloco político, a unidade do PSDB seria restabelecida. Com a chegada do senador Sérgio Petecão (PSD) nesta terça-feira se terá um desfecho. A peça mais importante do jogo é o Major Rocha, se não concordar a operação na irá em frente e a oposição entrará rachada na briga pela PMRB.
A difícil travessia da eleição municipalO senador Gladson Cameli (PP) está passando neste primeiro momento longe do olho do furacão das disputas regionais entre partidos aliados, para não tomar lado nas brigas. Não quer se queimar. Mas depois das convenções municipais não há mais como manter este distanciamento do processo eleitoral. Quem quer ser candidato ao governo em 2018 – hoje seria o favorito disparado – não poderá ficar omisso e tampouco privilegiar o seu partido, até porque só o seu PP não lhe garante estrutura para um vôo rumo ao governo. Terá que conversar com cada um dos candidatos a prefeito e ser bastante franco, deixando claro no que poderá ou não poderá ajudar na campanha, não pode prometer e não cumprir. Se atravessar está eleição municipal sem confrontos dará um passo importante na sua caminhada rumo ao governo, que será mais difícil do que foi para o Senado, que por conta das burrices dos adversários foi um calmo passeio nas urnas. Este é o dilema atual do Gladson Cameli.
Emenda pior que o sonetoQuem poderá sair queimado desta eleição municipal sem ser candidato a nada é o deputado federal Alan Rick (PRB), caso continue uma hora acendendo uma vela para o prefeito Marcus Alexandre (PT) e outra para a oposição. A emenda poderá sair pior do que o soneto.
Nem os problemas internoMas ao que parece o deputado federal Alan Rick (PRB) não está conseguindo nem resolver os problemas internos do PRB, assumiu a presidência, mas o antigo grupo é quem dá as cartas.
Nem para apagar a luzA operação da Polícia Federal não deixou ninguém para tocar o PMDB, em Brasiléia. Sua maior liderança, o ex-prefeito Aldemir Lopes está preso e o prefeito Everaldo Gomes e parte do seu secretariado estão afastados dos cargos. Acho que escapou só o vigia da sede do partido.
O Dudu é de marteVendo uma entrevista do ex-deputado Eduardo Farias (PCdoB), em que disse não haver desemprego no Acre, que a economia brasileira não é o desastre de que falam, que o Acre é um exemplo para o mundo, fiquei a imaginar: o Dudu é algum marciano disfarçado na terra.
Data-ManoelToda a eleição para prefeito em Xapuri o deputado Manoel Moraes (PSB) monta um instituto de pesquisa e os resultados são sempre favoráveis ao candidato que apóia. Não acertou uma. É bom o candidato a prefeito Bira Vasconcelos (PT) não crer muito no instituto ”Data-Manoel”.
Está na disputaPerguntei ontem a um deputado da oposição com base em Senador Guiomard, qual a sua visão da disputa da prefeitura. A resposta: “o Jorge Catalan (PP) está no páreo por ter o apoio do prefeito James Gomes e a briga se dará com o André Maia (PSD) ou o Ney do Miltão (PRB)”.
Fechou com perfeiçãoO presidente da Assembléia Legislativa, deputado Ney Amorim (PT), fechou este período legislativo moldado na imagem de um magistrado. Não tomou partido nos debates, abriu ainda mais as portas da Assembléia Legislativa aos movimentos organizados, não retaliou os acampados na porta da Aleac, enfim, deu uma prova que democracia se mostra no poder e não na retórica.
Foi muita ingenuidadeO candidato a prefeito de Epitaciolândia, Tião Flores (PSB) foi de uma ingenuidade sem tamanho, ao imaginar que, o PP e o PSDB entrariam na sua coligação, para ele se eleger e em 2018 dar o palanque e apoiar os candidatos a governador e senador da FPA. Ponha ingênuo!
Não vejo outro caminhoPode até vir acontecer no curso da campanha uma mudança, não é impossível, mas tudo caminha no sentido de que a disputa principal para a prefeitura de Rio Branco venha a acontecer entre Marcus Alexandre (PT) e Eliane Sinhasique (PMDB). São os mais visíveis.
Jogou todo seu prestígioO dono do instituto de pesquisa DELTA, Francimar Façanha, que tem credibilidade no mercado, colocou em jogo o seu prestígio ao prever que o candidato a prefeito de Cruzeiro do Sul, Henrique Afonso (PSDB), será o terceiro colocado na disputa. Estamos perto de conferir.
Seu problema é a estruturaPara quem acompanha sempre as eleições para prefeito de Plácido de Castro, que já foi prefeito, se o candidato Gedeon Barros (PSDB) tiver uma estrutura mediana para a campanha a prefeito vira favorito, se não tiver será engolido pelo prefeito Roney Firmino (PR).
Dará forrobodóAinda poderemos ter um forrobodó antes da campanha começar e será na escolha do vice da chapa da deputado Eliane Sinhasique (PMDB), que terá três nomes na disputa: Carlitinho PPS), Marfisa Galvão (PSD) e Alisson Bestene (PP).
Tirou o bonéO ex-prefeito Tião Bocalon (DEM) deverá anunciar no decorrer na próxima semana a sua posição na eleição municipal, onde seus caminhos encurtaram, depois de rifado na coligação PR-PSDB. Na oposição faltam apenas Bocalon e o Sérgio Petecão (PSD) se decidirem.
Erro de estratégiaTião Bocalon (DEM) cometeu um erro de estratégia ao não ter sido candidato a deputado federal na última eleição, poderia ter sido eleito e a partir daí se preparar para disputas majoritárias. É aquela velha história de que o apressado come cru. Agora está só.
Tendência naturalPara Tião Bocalon (DEM) e Sérgio Petecão (PSD) o caminho natural será entrar na coligação do PMDB. Aderir à aliança do PR com o PSDB é uma hipótese completamente descartada.
Não só na capitalA oposição não estar unida na disputa de prefeito não é um mal só de Rio Branco. O racha acontece também em Cruzeiro do Sul, Epitaciolândia, Sena Madureira, Capixaba, Feijó, Tarauacá, Senador Guiomard, Bujari, Plácido de Castro, todos com mais de uma candidatura.
Prova de forçaA candidata a vereadora de Rio Branco, Elzinha Mendonça (PDT), mulher do deputado Heitor Junior (PDT), deu uma prova de força no lançamento da sua candidatura no último sábado, com muita gente no ato. Elzinha tem um belo trabalho a favor dos portadores de hepatites.
 Seria o grande legadoO presidente Michel Temmer, caso se mantenha no cargo, bastaria adotar duas medidas para marcar de forma positiva a sua passagem pelo mandato: arrumar a economia, mesmo com medidas duras, e convocar uma constituinte exclusiva para fazer a reforma política.
Não pode mais a imoralidadeNão pode mais permanecer um sistema político com trinta partidos, com mais duas dezenas lutando para ser criado e cuja maioria esmagadora é só para ser um balcão de negócios. Enquanto permanecer esta chaga política, presidente algum governará sem fazer barganha.
Sabe virar notíciaO prefeito Marcus Alexandre (PT) aprendeu cedo que, quem está em cargo majoritário, se aspira continuidade, para aparecer tem que estar nas ruas e criar fatos políticos. Todos os dias o Marcus aparece fiscalizando uma obra, conversando nos bairros, enfim, sabe virar notícia.
Coerência pernetaO deputado federal Major Rocha (PSDB) disse que o partido não indicaria ninguém para cargos federais, no Acre. Mas aceitou ser vice-líder do governo na Câmara Federal. Ele pode aceitar uma missão do governo Michel Temer e os demais tucanos não. É uma coerência perneta.
Ninguém obriga ninguémA presidente do PR, Antonia Lúcia, reuniu os candidatos a vereadores do PR-PSC-PEN-PTC e os obrigou a entrar na coligação do PSDB para apoiar Henrique Afonso (PSDB) a prefeito de Cruzeiro do Sul. Foi terminar a reunião e todos correram para a casa do prefeito Vagner Sales (PMDB) para dizer que apoiarão Iderlei Cordeiro (PMDB). Na política não existe o chamado “apoio obrigatório”, até porque o voto é secreto. O PSDB levou só o tempo desses partidos. Que não quer dizer muita coisa. Não é um programa eleitoral que decidirá a eleição cruzeirense.
Luis Carlos Moreira Jorge 

Nenhum comentário: