sexta-feira, 13 de maio de 2016

Posse de Temer teve bênção, tropeção, acesso de tosse e 'tucano de pirata'

O senador Aécio Neves (PSDB-SP) cumprimenta Michel Temer na cerimônia de sua posse

A cerimônia de posse de Michel Temer teve um apanhado de cenas inusitadas: acesso de tosse durante o discurso inaugural, quebras de protocolo por parte da imprensa e uma bênção ecumênica no Palácio do Planalto.

Temer começou falando em "confiança", parecia desenvolto diante dos microfones e do emaranhado de políticos e jornalistas.

Tudo transcorria com normalidade até a voz trair-lhe. Fez uma pausa, bebeu água e tentou novamente. Sem sucesso. A rouquidão persistia.

O constrangimento só foi interrompido por uma pastilha salvadora, entregue por um assessor.

Escrito de véspera, o discurso ganhou cacos do orador. Jurista, ele chamou a Constituição de "livrinho" e insistiu na necessidade de segui-la à risca.

Temer planejava falar menos, mas se sentiu à vontade e resolveu se estender, justificou um interlocutor.

Superada a barreira da voz, Temer enfrentou problemas com o monitor que exibia o discurso. Um convidado tropeçou e chutou o equipamento. Resultado: uma das duas telas apagou subitamente.

O agora presidente interino teve de recorrer a mais improvisos.

Sua mulher, Marcela Temer, não compareceu à posse.

TUCANO DE PIRATA

Mas não foi só o peemedebista que chamou a atenção. Embora sequer ocupe cargo no novo governo, Aécio Neves (PSDB-MG) não desgrudou do personagem principal, posicionando-se entre os ministros que aguardavam para tomar posse.

Da plateia, um brincalhão lançou: "Esse é o tucano de pirata", fazendo referência ao termo papagaio de pirata.

Depois da cerimônia, Temer seguiu direto para o gabinete presidencial onde um grupo de líderes religiosos fez orações. O pastor Silas Malafaia estava entre eles. "Fiz uma bênção e foi ótimo", disse.

GABRIEL MASCARENHASGUSTAVO URIBE
DANIELA LIMA DE BRASILIA

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