quinta-feira, 28 de abril de 2016

JORDÃO: NO DIA DE SEU ANIVERSÁRIO, CONHEÇA UM POUCO DA HISTÓRIA DO MUNICÍPIO


Surgida no período áureo da borracha, a Vila Jordão só ganhou o status de Município no dia 28 de abril de 1992 quando por força da Lei 1.034 teve seu território de 6.695,5 km² desmembrado do Município de Tarauacá. Hoje com quase 7 mil habitantes dos quais 80% ainda vivem na Zona Rural e 20% na urbana, Jordão tem sido notícia nacional por conta da existência de índios arredios em seu território. Sua economia ate há poucos anos era voltada para o extrativismo da borracha e essências florestais. Hoje, está mais voltada para agropecuária. Na região há grande quantidade de palmeiras de dendê nativa alem de outros recursos naturais ainda mal aproveitados. Quanto ao setor comercial, mesmo com grandes dificuldades de transporte, cresce cada vez mais tendo em vista o crescimento populacional urbano vindos da zona rural, mas, principalmente de outros município. As formas de acesso ao município é pelo rio Tarauacá com demora média, em batelão, de cinco dias e em barcos menores até 2 dias. Há também acesso via linhas aéreas.

Localização: Vale do Juruá. 
Área da unidade territorial: 6.695,5 km² 
Limites: Marechal Thaumaturgo, Tarauacá, Feijó e República do Peru.
Clima: quente com período chuvoso de 6 meses – novembro a abril.
Temperatura média anual: 28,5º C.
Fuso horário: -2 hora do horário de Brasília.
Distância da Capital: 344 km 
Acesso rodoviário: não há.
Acesso fluvial: feito pelo Rio Juruá por meio de pequenas e médias embarcações.
Acesso aeroviário: pista de pouso para aeronaves de pequeno e médio porte. 


Economia: Tem uma economia incipiente baseada no comércio e o agronegócio e mantém grande intercâmbio comercial com Tarauacá que é o seu principal fornecedor. A agricultura já é produzida em pequenas escalas comerciais. O nome do município de Jordão como se sabe é o mesmo nome do rio que banha este município, junto com o rio Tarauacá. Em outros tempos este rio chamava-se "riozinho". Fontes (A. Amaro) relatam que um senhor vindo da Ucrânia por nome de Antônio Jordão veio a residi próximo as margens do rio, e daí em diante as pessoas se dirigiam a este, como rio Jordão, e não mais "riozinho". Sua população estimada em 2014 era de 7 330 habitantes. Sua área é de 5.429 km². Limita ao norte com o município de Tarauacá, ao sul com o Peru, a leste com o município de Feijó e a oeste com o município de Marechal Thaumaturgo. O município tem a maior altitude (em sua sede) no estado do Acre, com 278 metros. O município tem o sétimo pior IDH do Brasil. Onde é localizado hoje o Município de Jordão, era denominado Seringal DUAS NAÇÕES, de propriedade do Sr. Levi Saveda, e pertencia ao Município de Tarauacá que, em 1956 passou a ser denominada VILA JORDÃO e seu primeiro sub-Prefeito foi o Sr. MANOEL RODRIGUES DE FARIAS, nomeado pelo Exmo. Sr. Prefeito Municipal de Tarauacá ARNALDO GOMES DE FARIAS, tendo como fonte de renda principal a extração do látex sob forma de extrativismo. 

Em 29 de março de 1992, seu povo se reuniu e resolveram tornar a Vila em Município, com o apoio do Prefeito de Tarauacá, Esperidião Menezes Júnior, do Juiz eleitoral da Comarca de Tarauacá Dr. Francisco Djalma da Silva e do Governador do Estado Sr. Romildo Magalhães da Silva e, houve um plebiscito, que por maioria absoluta de votos passou a categoria de Município de Jordão e, que no dia 03 de outubro do mesmo ano foi eleito o primeiro Prefeito através do voto popular o Sr. Hilário de Holanda Melo. Em 03 de outubro de 1996 foram eleitos para os cargos de Prefeito e Vice-prefeito os senhores Esperidião Menezes Júnior e Francisco Turiano de Farias. 

A principal fonte de renda de seu povo é a agricultura e a prefeitura mantém frentes de trabalho para manter o povo com pequenos rendimentos para subsistência de suas famílias. 

As vias de acesso são aéreas e fluvias, sendo na época das cheias dos rios durando 6 dias em média de viagem de Tarauacá à Jordão. 

Gentílico: jordãoense 

Formação Administrativa 

Em divisão territoriais datadas de 31-12-1936 e 31-12-1937, figura no município de Tarauacá o distrito de Jordão. No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o distrito de Jordão figura no município de Seabra. Pelo decreto fixado para vigorar no período de 1944-19489, o distrito de Jordão permanece no município de Tarauacá. Em divisão territorial datada de 1-07-1955, o distrito de Jordão permanece no município de Tarauacá. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-07-1960. Elevado à categoria de município com a denominação de Jordão ex-Foz do Jordão, pela constituição estadual de 01-03-1963, desmembrado de Taravacá. Sede no antigo distrito de Foz de Jordão atual Jordão. Constituído do distrito sede. Instalado, sem data de instalação. Elevado à categoria de município com a denominação de Jordão, pela lei estadual nº 1034, de 28-04-1992, desmembrados de Tarauacá. Sede no antigo distrito de Jordão. Constituído do distrito sede. Em divisão territorial datada de 2003, o município é constituído do distrito sede. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007. 

Crianças bonitas e fortes habitam o Jordão, uma jovem e acolhedora cidade da floresta. Elas são o próprio ambiente, expressando com muita força e alegria o cotidiano do Rio Jordão, que emprestou seu nome à cidade.

O Jordão não tem ligação terrestre com os municípios vizinhos. Até poucos anos atrás, só se chegava ao Jordão de barco, saindo de Tarauacá, navegando pelo rio com o mesmo nome.

Mas a construção de uma pista de pouso para pequenos aviões, há poucos anos, começou a romper o isolamento. E, agora, a geografia não é mais empecilho para que os cidadãos do Jordão se comuniquem com o mundo. O Telecentro Floresta Digital, um programa do governo do Estado, coloca um laboratório de informática à disposição da população, gratuitamente, inclusive com capacitação para uso das redes sociais. O Jordão está, portando, conectado à rede mundial de computadores e ao mundo.

Quase a metade dos seus 5.600 habitantes são índios Kaxinawá, ou Huni Kui, que significa gente verdadeira, como se autodenominam. Eles são acolhedores e festivos, bons conhecedores da floresta e possuem longa história de extrativismo da borracha. Também produzem milho, feijão, amendoim, macaxeira, algodão e essências florestais. Dominam com raro talento e habilidade a tecelagem e a cerâmica, produzindo um artesanato belo e original. As terras indígenas do Jordão correspondem a quase 40% do seu território, que é de 5.361 Km². 

Há poucos anos, grupos de índios arredios, que nunca tiveram contato com outros povos, saíram da selva peruana para viver no lado brasileiro da fronteira. O governo estadual criou um sistema de proteção para estes índios, para evitar um contato que poderia ser extremamente danoso para eles.

Uma das maiores riquezas do Jordão é sua cobertura vegetal, praticamente toda preservada. Também fica no seu território, a maior parte da Reserva Extrativista Tarauacá, fazendo limite com as terras indígenas. Lá os moradores tradicionais, descendentes dos nordestinos que migraram para se tornar seringueiros no início do século XIX, fazem uso racional da floresta, com técnicas sustentáveis de exploração. A presença destes verdadeiros guardiões da floresta ajuda no combate à retirada ilegal de madeira.

Além do extrativismo vegetal e da agricultura de subsistência, há uma pequena produção pecuária no Jordão. De Tarauacá chega praticamente toda a mercadoria que abastece o pequeno comércio do município.

Na última década, muita coisa mudou para melhor no Jordão. Além da valorização da cultura e economia das populações tradicionais, há especial atenção na educação de crianças, jovens e adultos. Primeiro, chegou o ensino médio e depois a possibilidade de fazer curso superior através de um programa especial do governo do Estado. Atualmente, todos os professores das escolas públicas, e ainda muita gente da comunidade, têm o terceiro grau. Nas aldeias, escolas de educação indígena, geralmente com ensino bilíngüe.

De modo geral, a modernidade chega ao Jordão desinteressadamente. Além do telecentro, algumas motos e bicicletas, TV, comércio de miudezas, a indústria de tijolos... enfim, não há correria nem ansiedade porque, neste cantinho do Acre, o povo descobre um outro modo de ser feliz.

Fontes de informações


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